Viemos de longada até quase ao dobrar do milénio. Alguns séculos nos precederam. Mareantes não já da carreira da Índia mas da carreira da vida somos nós. Dessa carreira da vida que, no fundo, é a carreira da Índia Nova, da Nova Idade que desde sempre nos foi prometida.

Quando o Rei D. Manuel I beneficiava a Irmandade de Nª. Srª. da Conceição dos Mareantes da carreira da Índia, sua irmã, a Rainha D. Leonor, fundava a Irmandade de Nª. Srª. da Misericórdia. Neste gesto dos dois irmãos acabámos por nascer nós, verdadeiramente.

Como o tempo volta ao princípio! E no fundo, para nos dizer que do trono comum de dois irmãos que tanto se queriam, fica-nos o magnífico imperativo de continuar a dar testemunho sob a dupla invocação da Virgem da Misericórdia e da Imaculada Conceição.

 

E para quê?

Muito simplesmente para, fazer valer as Obras da Misericórdia. As obras de misericórdia são ações caridosas pelas quais vamos em ajuda do nosso próximo, nas suas necessidades.

São catorze obras de misericórdia: sete corporais e sete espirituais.

Obras de Misericórdia Corporais

Dar de comer a quem tem fome;

Dar de beber a quem tem sede;

Vestir os nus;

Dar ousada aos peregrinos;

Assistir aos enfermos;

Visitar os presos;

Enterrar os mortos.

Obras de Misericórdia Espirituais

Dar bom conselho;

Ensinar os ignorantes;

Corrigir os que erram;

Consolar os tristes;

Perdoar as injúrias;

Sofrer com paciência as fraquezas do nosso Próximo;

Rogar a Deus pelos Vivos e Defuntos.

Propôr um Irmão para a Misericórdia é a melhor forma de praticar o Bem!